Houve cabelos rapados sem lágrimas, houve experimentação e espectativa, ensaio, erro e tentativa; foi o momento de ensaio das maquilhagens, quando as personagens saem do âmbito do psicológico e começam a ganhar corpo e imagem. De súbito nem pareciamos mais nós mesmos, mas aqueles a quem emprestamos voz e corpo, com se esse tomassem conta do ente que somos. Quando nos olhamos ao espelho não nos reconhecemos mais... Em todos começou a crescer a inevitável consciência da proximidade da estreia e que no dia seguinte teriamos o primeiro confronto com elemento que não estiveram integrados no processo de descoberta e investigação: a equipa de filmagens do Canal Lx, que iria gravar uma espécie de making of, a equipa da produtora Brave Ant, que iria gravar um spot televisivo e o fotógrafo da casa, Alípio Padilha, que iria pela primeira vez recolher imagens do espectáculo.
Eram já duas da manhã quando fotografei o Márcio Oliveira para a posteriadade, sabendo que na foto não estaria nenhum Márcio, mas sim La Fleur, criado de Sade e perguntando a mim mesmo porque será que estas coisas acabam sempre tão tarde.
1 comentário:
Lá estarei!
Um abraço grande!
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